sexta-feira, 3 de julho de 2009

VII

A lembrança é ferida aberta
que nunca sara
coração que dói, aperta
dor que não pára

Esquecimento difícil lição
que não se aprende com amor
e nem compreensão
usa-se só a dor

Você que não me deixa
não me liberta
onde quer que você esteja
a porta sempre estará aberta

Dessa vez eu grito
não penso mais em ninguém

mas eu minto,omito
o nome desse alguém

Aprendi a conviver
com o mundo a cada dia
e assim vou viver
não quero sua compania

Se diz que me queres
chora,implora
seu coração apenas feres
pois sou selvagem, caia fora!

Não pertenço a ninguém nem a nada
vivo só por viver
não nasci para amar nem ser amada
nasci pra escrever

Escrevendo palavras sem nome
sem rumo
tenho apenas um codinome
me escondo, eu assumo

Vivo só para meus amores
secretos ou não
todos pecadores
tomados pela paixão

A meus amores eu escrevo
eles sabendo ou não
conto tudo não tenho medo
não aceito a descrição

E assim vou escrevendo
de noite ou de dia
e seu nome refazendo
só o revelarei em outra poesia.